A chefe da diplomacia norte-americana, Hillary Clinton, abriu esta quinta-feira, formalmente, as primeiras negociações directas entre israelitas e palestinianos em quase dois anos pedindo às partes que façam os compromissos necessários para um acordo de paz.
Hillary começou por reforçar a ideia da importância destas negociações, desafiando os presentes com um «temos a oportunidade de por fim a este conflito».
«Seremos [os EUA] um parceiro activo e persistente. Mas não podemos nem vamos impor uma solução. Só vocês podem tomar as decisões necessárias para se alcançar um acordo e assegurar um futuro em paz para os povos israelita e palestiniano», disse Clinton.
Numa cerimónia realizada no Departamento de Estado, em Washington, a secretária de Estado afirmou que os Estados Unidos estão empenhados em conseguir um compromisso no prazo de um ano, mas que a maior parte do trabalho cabe ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e ao presidente palestiniano, Mahmud Abbas.
Antes de as negociações prosseguirem à porta fechada, a exigência da liberdade para os prisioneiros palestinos, a retirada israelita dos territórios ocupados em 1967 e o fim do embargo em Gaza foram questões mais uma vez reiteradas.
«Nós condenamos os ataques e continuamos a trabalhar para melhorar a segurança, o que é fundamental», disse Abbas, referindo-se ao assassinato de quatro colonos judeus na Cisjordânia na terça-feira às mãos do Hamas.
Netanyahu admitiu que «a paz é possível», mas obtê-la implica «dolorosas concessões de ambos os lados». «Nós respeitamos seu desejo de soberania», disse a Abbas, o seu «parceiro na paz». «E eu estou convencido de que é possível conciliar esse desejo com o nosso desejo de melhorar a nossa segurança», adianta.
"JN"