A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) explicou hoje, quarta-feira, querer dar um sinal de que os trabalhadores não estão dispostos "a serem sacrificados no altar da austeridade" com a organização de uma mega-manifestação em Bruxelas, divulgou em comunicado.
O CES sublinhou ainda que quer "dar voz aos trabalhadores", tendo convocado uma mega-manifestação para as 13:00 de Bruxelas (12:00 em Lisboa), que vai atravessar a cidade, e onde são esperadas cerca de 100 mil pessoas.
"Os trabalhadores estão hoje nas ruas com uma mensagem clara para os líderes europeus: ainda estão a tempo de não escolher a austeridade, ainda estão a tempo de mudar de direcção", adiantou o secretário geral da CES, John Monks.
O dirigente sindical salientou também que "as medidas de austeridade ainda estão na fase de decisão, mas, assim que começarem a ser aplicadas, terão um impacto desastroso nos indivíduos e na economia, cujos efeitos poderão começar a ser sentidos já este inverno".
Cinquenta sindicatos, representando 30 países, juntam-se hoje, em Bruxelas, num mega-protesto contra as medidas de austeridades organizado pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES) e que tem acções paralelas noutras cidades europeias, incluindo Lisboa e Porto.
No protesto que tem como palavra de ordem "Não à austeridade. Prioridade para o emprego e o crescimento" participam duas delegações portuguesas, uma da UGT, com 100 sindicalistas, e outra da CGTP, com três.
Pelo menos três euro deputados portugueses vão também integrar o protesto: Ilda Figueiredo (PCP), Ana Gomes e António Correia de Campos (ambos socialistas).
Segundo a CES, para além de Portugal, haverá ainda manifestações em Itália, França, Lituânia, Chipre, Sérvia, Polónia, Finlândia e Irlanda, para além de uma greve geral em Espanha.
"jn"