demoura
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 | |  EUA infectaram cobaias humanas | |
O presidente da Guatemala, Álvaro Colom, classificou como "um crime contra a Humanidade" as experiências médicas levadas a cabo pelos EUA nos anos 40 no seu país. As declarações são a reacção ao pedido de desculpas de Washington, na sexta-feira, após a revelação das experiências com cobaias humanas.
O escândalo estalou quando a investigadora Susan Reverby, do Wellesley College, tornou público que as autoridades norte-americanas realizaram estudos na Guatemala entre 1946 e 1948, com cumplicidade do governo local, usando como cobaias cerca de 700 presos, doentes mentais e prostitutas. Os estudos visavam testar a eficácia da penicilina no tratamento e na prevenção da sífilis e da gonorreia.
Para o efeito, os médicos usavam prostitutas infectadas para contagiar os doentes e presos, ou inoculavam a doença directamente nos seus genitais.
Após a revelação, o presidente Barack Obama telefonou a Colom para pedir desculpa e prometer uma investigação ao caso, e a secretária de Estado Hillary Clinton leu um comunicado manifestando "repulsa" pela investigação e pedindo desculpa "a todos os afectados por práticas tão repugnantes". Álvaro Colom agradeceu a atitude de Washington, mas sublinhou que as cobaias foram "vítimas de abusos" inadmissíveis, pelo que prometeu toda a colaboração às investigações a realizar em conjunto com peritos dos EUA.
"cm"
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