As autoridades indonésias ordenaram a deslocação de vários milhares de pessoas depois de uma nova erupção do vulcão Merapi, mais violenta do que aquela que matou 38 pessoas na semana passada.
"É, até ao momento, a mais forte erupção. Durou cerca de duas horas desde as 14.27 horas (7.24 horas em Lisboa)", indicou Surono, responsável pela vigilância dos vulcões indonésios.
O mesmo responsável indicou que as autoridades decidiram aumentar o limite da zona de perigo de 10 para 15 quilómetros.
"Os campos de refugiados terão de ser retirados desta zona interdita", indicou o especialista, em declarações à agência francesa AFP.
Mais de 70 mil pessoas foram já acolhidas em vários centros temporários, que foram abertos após a primeira erupção, registada no passado dia de 26.
Esta nova erupção aumentou a ansiedade entre os deslocados, a maioria agricultores que tiveram de deixar as suas casas e os respectivos campos de cultivo, segundo constatou um correspondente da agência AFP.
O vulcão Merapi, situado a 26 quilómetros a norte da cidade de Yogyakarta, na ilha de Java, é um dos 129 vulcões indonésios ativos com maior actividade, entrando em erupção, em média, de quatro em quatro anos.
O vulcão entrou em erupção pela última vez em 2006, depois de um terramoto em Yogyacarta, e provocou uma nuvem de cinza e gás que causou dois mortos. Em 1930 soterrou 13 aldeias e provocou a morte a 1400 pessoas
"jn"