As autoridades policiais e militares no Rio de Janeiro iniciaram cerca das 10 horas (hora de Lisboa) um assalto contra o Complexo do Alemão, um grupo de favelas no Norte da cidade onde estão entrincheirados centenas de narcotraficantes.
Cerca das 9 horas começou uma intensa troca de tiros numa das entradas do Complexo, constatou um jornalista da AFP no local.
Quando começou o movimento de tropas escutaram-se novos disparos, enquanto um helicóptero da Polícia Militar fazia um voo rasante sobre a favela.
A operação engloba cerca de 2.600 pára-quedistas, fuzileiros navais, membros das forças de elite da polícia (BOPE) e polícias militares, apoiados por blindados "Cascavel" e helicópteros.
Nos blindados estavam homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que habitualmente costumam enfrentar os narcotraficantes nas favelas cariocas.
Alguns levavam a cara pintada, outros usavam passa-montanhas ou capacete. No sábado, as autoridades deram um ultimato de algumas horas para que os traficantes se rendessem, mas estes não o fizeram.
A maior parte das tropas que participa na operação está concentrada nas ruas Itararé e Joaquim Queiroz, na zona norte da cidade, que dão acesso à Favela da Grota, uma das quinze que formam o Complexo do Alemão, onde vivem cerca de 400.000 pessoas.
O complexo, um dos habituais bastiões do narcotráfico no Rio de Janeiro, está sitiado desde quinta-feira, dia em que dezenas de delinquentes expulsos da favela vizinha de Vila Cruzeiro, se refugiaram neste sector.
A operação visa pôr fim à onda de violência que os delinquentes iniciaram há uma semana e que resultou em 35 mortos e uma centena de carros incendiados.
jn