A Escola Básica e Integrada da Boa Água, na Quinta do Conde (Sesimbra), encerrada desde sexta-feira por falta de luz, está preparada para receber amanhã os cerca de 600 alunos que foram obrigados a ficar em casa por não estarem reunidas as condições mínimas para as aulas.
Só ontem ficou concluída a instalação do ramal definitivo de ligação à electricidade. Desde sexta-feira, refere o director, Nuno Mantas, que não tem sido possível fornecer aos alunos as 400 refeições diárias.
"O problema ficou resolvido hoje [ontem] de manhã. Quando chegámos cá, estavam a acabar de fazer a ligação da electricidade", afirmou Nuno Mantas ao CM, mostrando-se esperançado em que "os equipamentos de cozinha, queimados pela sobrecarga na sexta-feira, sejam reparados em tempo útil para não haver problemas na reabertura da escola".
Na segunda-feira, o cabo provisório que fornecia electricidade à escola deixou de funcionar a meio da manhã, deixando o estabelecimento sem energia. "Tivemos de improvisar refeições frias para cerca de 120 alunos, que não tinham hipótese de ter a refeição quente do refeitório", acrescentou o director, lamentando o atraso de três meses na instalação do ramal definitivo por parte da EDP.
Apesar da situação ter sido resolvida pela manhã, não foi possível avisar os pais dos alunos. Alguns ainda se deslocaram ontem à escola para entregar os filhos. "Fui apanhada de surpresa. Na segunda-feira, não me disseram que não ia haver aulas. Felizmente, a minha filha tem os avós, com os quais pode ficar", contou ao CM Marta Sardinha, de 37 anos, mãe de uma aluna de 12 anos.
A mesma sorte não tem Henrique Silva, que ontem aproveitou a manhã para confirmar se a filha ia ter aulas. "Vim saber, porque sou empregado de restauração e tenho de avisar o meu patrão. Não posso deixá-la sozinha em casa. Como eu estão muitos pais, que não têm outra solução a não ser faltar", referiu.
CM