happy-team
happy-team
happy-team
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

happy-team


 
InícioPortalÚltimas imagensRegistarEntrar

 

 Almoços JN: "Mandato de Cavaco não foi perfeito"

Ir para baixo 
AutorMensagem
demoura
super moderador
super moderador
demoura


Data de inscrição : 30/01/2010
Idade : 44

Almoços JN: "Mandato de Cavaco não foi perfeito" Empty
11122010
MensagemAlmoços JN: "Mandato de Cavaco não foi perfeito"

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Miguel Macedo é líder parlamentar do PSD



Quando se sentou à mesa do almoço com o JN, ainda estava a saborear o gosto de ter "obrigado" o socialista José Sócrates a criticar o socialista Carlos César. O debate quinzenal tinha terminado pouco tempo antes, no Parlamento, e Miguel Macedo levara ao plenário o tema da excepção açoriana aos cortes salariais para os funcionários públicos. "Tinha de ser. Sócrates não podia fugir à pergunta directa e continuar nas meias-tintas".
Determinação não faltou ao líder da bancada social-democrata para confrontar o primeiro-ministro sobre este assunto. O mesmo não aconteceu em relação à alteração das leis laborais. Um tema tabu?

"Não. Mas não podemos ser preconceituosos". Significa esta frase que um social-democrata tem de ser "pragmático", sem aceitar a "lei da selva".

Nos tempos que correm, a fasquia está baixa para os direitos dos trabalhadores. Chegou-se ao ponto de ter escolher entre o trabalho precário e o desemprego. O pragmatismo social-democrata aconselha a ver a realidade de forma "despreconceituosa".

"Até agora, o Governo não afirma que irá mudar o Código de Trabalho. Parece querer apenas mexer no valor das indemnizações, em caso de despedimento. O PSD não tem complexos em relação a mudanças na legislação laboral, mas reconheço que há muitos empresários que gerem bem as empresas com o actual quadro legal." Uma no cravo, outra na ferradura, porque "é preciso ter resultados", na produtividade e na redução do desemprego.

Não fizeram parte da ementa do almoço porque o tempo não é delas, mas as cerejas da conversa à volta da mesa levaram-nos ao salário mínimo e à memória do momento em que "caiu o Carmo e a Trindade" quando Manuela Ferreira Leite admitiu, há um ano, que o aumento do salário mínimo deveria ser ponderado. Agora, os socialistas dizem o mesmo.

Pela parte que lhe toca, Miguel Macedo começa por não esquecer que há muitos novos pobres que são trabalhadores e que 500 euros é um valor muito baixo. No entanto, porque há sempre um "mas" em tempo de crise, "no quadro da Concertação Social, deve ser avaliado o impacto do aumento do salário mínimo na taxa do desemprego.

Mais uma vez, a escolha é perversa e a culpa não morre solteira. Tem um rosto: o de José Sócrates. E não há remodelação governamental que valha ao primeiro-ministro. "Faça ou não faça uma remodelação, ele [Sócrates] é o responsável". Porque não quis ver os sinais, nem ouvir os avisos, quando a a crise económica estava já aí. Por contrário, gastou à tripa forra em vésperas de eleições.

À lembrança do convidado do JN surge o que muitos diziam de Joaquim Agostinho: "Que era um bom ciclista, mas que tinha passado ao lado de uma grande carreira". Em 2009, afirma, José Sócrates perdeu a oportunidade de ser um grande estadista. Se tivesse enfrentado a realidade, poderia não ter ganho as eleições, mas teria ganho o país. Sócrates é uma boa máquina eleitoral, mas não passa disso".

Não se confunda esta ideia de Miguel Macedo com desvalorização do adversário. "Não contem comigo para isso. É muito perigoso politicamente".

Do alto dos seus cabelos brancos, que não significam velhice mas um sinal de que não ficará "careca", o deputado deixa um aviso para o interior do partido, que sente já muito ansioso por voltar ao poder.

"Não tenhamos pressa. O importante é melhorar a situação do país, porque se ainda for mais ao fundo governar não será fácil para ninguém."

Em conformidade com este alerta interno, não se compromete com o tempo certo para o "assalto" ao poder. Sem resposta ficam as diversas formas de formular a pergunta sobre se irá ser apresentada pelo PSD um moção de censura ao Governo, logo após a posse do novo presidente da República.

"Se fosse para apresentar já uma moção de censura, por que teríamos viabilizado o Orçamento de Estado? Outra coisa é a execução orçamental. Se a execução começar a falhar, como é infelizmente previsível, dada a experiência anterior, repito o que já disse na cara do primeiro-ministro: não haverá terceira oportunidade".

Já com a raia a arrefecer no prato, as palavras voltam atrás. Aos alertas ignorados por José Sócrates. "Não poderia Cavaco Silva ter sido mais insistente?" A resposta é "talvez sim".

"Há um ano, o presidente disse claramente que a situação do país era 'insustentável'. O que suscitou um coro de indignação. Talvez devesse ter insistido mais, mas a verdade é que os que o criticam agora por não tido uma intervenção maior são os mesmos que previam que Cavaco iria imiscuir-se na governação".

Quanto ao balanço que faz do mandato presidencial, Macedo lança a frase: "Não sou apoiante incondicional. O mandato de Cavaco não foi perfeito". Desafiado a exemplificar as imperfeições, limita-se a dizer: "Foi positivo no cômputo geral". Palavras de um social-democrata que garante ser "cavaquista puro e duro", mas só para subscrever a frase dita e redita por Cavaco quando era chefe do Governo: "As remodelações são da responsabilidade única do primeiro-ministro."

jn
Ir para o topo Ir para baixo
Compartilhar este artigo em: reddit

Almoços JN: "Mandato de Cavaco não foi perfeito" :: Comentários

Nenhum comentário
 

Almoços JN: "Mandato de Cavaco não foi perfeito"

Ir para o topo 

Página 1 de 1

 Tópicos semelhantes

-
» Faro dá almoços a alunos carenciados nas férias de Natal
» Cavaco Silva reeleito à primeira volta
» Assaltou banco em Valença durante visita de Cavaco
» Alegre condena lamento de Cavaco por a sua mulher só ter pensão de 800 euros

Permissões neste sub-fórumNão podes responder a tópicos
happy-team :: NACIONAIS-
Ir para: