Iniesta, Xavi ou Messi? A FIFA entrega hoje, segunda-feira, a Bola de Ouro ao melhor futebolista de 2010. E também o prémio equivalente ao melhor treinador. Del Bosque ou Guardiola? Ou Mourinho? Só o português pode frustar a plena celebração espanhola em Zurique.
Na gala da 55.ª Bola de Ouro - pela primeira vez atribuída a meias, entre a votação dos jornalistas da revista France Football e o sufrágio dos capitães e seleccionadores do universo FIFA -, até o argentino Messi, concorrente à própria sucessão, é assimilidado ao salero que dominou o futebol mundial em 2010. Em todo o caso, é o triunfo de "La Masia", a academia de talentos do Barcelona, que produziu a mais bela equipa de clube da história do jogo e onde - oh! anticlímax catalão... - se forjou a máquina do tiquetaque que deu o título mundial à Espanha.

Mourinho pode estragar festa espanhola

E é precisamente a façanha na África do Sul que indica dois favoritos ao prémio. Messi jogou como nunca, mas "só" ganhou o título espanhol e perdeu-se com a selecção da Argentina. E daí que todos os observadores apontem Xavi e Iniesta como predilectos. E ainda mais Iniesta, por ter marcado o golo da vitória espanhola na final do Campeonato do Mundo, ganha à Holanda (1-0).
A própria história das 54 edições da Bola de Ouro assim o indica. Em ano de Campeonato do Mundo, só em três ocasiões o vencedor não foi campeão mundial. Foi no ano do inglês Keagan (1978), no do russo Belanov (1986) e no búlgaro Stoichkov (1994). A última evidência verificou-se em 2006. Messi já deslumbrava, Zidane encantava e Ronaldinho ajoelhava os rivais, mas o premiado foi o defesa Fabio Cannavaro, capitão da Itália e símbolo máximo do supercatennacio, consagrado na Alemanha