O nome da Polícia de Segurança Pública (PSP) está a ser usado em dois ataques informáticos através do método de phishing, refere fonte oficial, acrescentando já terem sido desencadeados os "mecanismos judiciais em matéria de acção penal" no sentido de identificar e punir os piratas informáticos.

Segundo a mesma fonte, a abertura do ficheiro associado aos e-mails pode "danificar o sistema operativo dos computadores" ou permitir que sejam divulgados dados pessoais dos respectivos utilizadores, tais como palavras-passe de acesso a contas bancárias.

Um dos e-mails, enviado em nome de Polícia de Segurança - PSP, refere que o "telefone celular" do destinatário foi "usado de forma incorrecta para a prática de um crime na Internet", aconselhando o utilizador a aceder ao site da Portugal Telecom ou a abrir o ficheiro anexado à mensagem intitulado "PSP informa".

"A PSP não trata deste género de questões via e-mail", diz fonte do comando distrital de Leiria, uma das zonas por onde circula a mensagem, aconselhando à eliminação imediata do ficheiro e à "leitura atenta" deste tipo de e-mails, "normalmente escritos em mau português". Uma outra mensagem circula pelo menos há um ano. Enviada a partir do endereço (falso) investigações@psp.pt é uma suposta "convocatória judicial".

Sublinhando que a PSP é "completamente alheia" a este tipo de mensagens falsas, fonte oficial aconselha todos os cidadãos que tenham sido lesados a "apresentar a correspondente queixa-crime junto de qualquer esquadra". Conforme revelado pelo DN, só a Directoria de Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária tem em investigação mil processos de desvio de dinheiro através da Internet.

O phishing consiste no envio de correio electrónico fraudulento com o objectivo de obter informação confidencial dos utilizadores, sobretudo códigos de acesso a contas bancárias. Foi através deste método que um pirata informático em 2008 conseguiu retirar 2700 euros de uma conta bancária de um morador no Sardoal - "todo o dinheiro que tinha na conta" - num dos casos onde foi possível identificar o suposto autor da fraude seguindo o rasto do dinheiro. Na origem do caso esteve um e-mail que solicitava a confirmação dos dados pessoais do utili- zador para manter o serviço bancário activo, trazendo ainda um "aviso de precaução para com as piratarias".

Fonte policial alerta ainda que o "mais frequente" é ser usada a imagem de instituições financeiras nas fraudes, pois corresponde a "uma forma mais expedita de conseguir induzir a vítima a revelar os códigos de acesso" às contas bancárias. Nada como estar atento aos e-mails.

"dn"