Os pais dos alunos vão manifestar-se hoje, terça-feira, em frente ao estabelecimento de ensino, contra as "precárias condições de aprendizagem". A Associação de Pais considera que não há condições para praticar o horário normal.
"Temos ido pela via cordial, tentando resolver os problemas com as várias entidades, mas, como não obtivemos respostas, vamos agora manifestar-nos", adiantou ao JN o presidente da Associação de Pais, Daniel Silva.
As 165 crianças do ensino básico de Bairro estão espalhadas por três edifícios (escola da Avenida, da Igreja e Centro Paroquial), onde são leccionadas as aulas. Contudo, segundo os pais, as salas no centro paroquial são "exíguas". "As áreas são muito pequenas e até há uma aluna de cadeira de rodas que tem de ficar de costas para o quadro", explicou Daniel Silva.
Por outro lado, o responsável aponta que este ano estão "misturados alunos de anos diferentes na mesma turma e ainda alunos com necessidades educativas especiais", pelo que se reivindica a criação de mais uma turma.
Outra preocupação dos pais prende-se com o facto de existirem apenas duas auxiliares para os três espaços. "Há horas em que as crianças estão sozinhas, designadamente à hora de saída", esclareceu, acrescentando que alguns pais têm feito voluntariado para que os alunos não fiquem entregues a si mesmos.
"Mas não podemos estar o ano todo nisto porque cada um tem o seu trabalho", referiu. De acordo com o presidente da Associação de Pais, as crianças vão, manhã cedo, de autocarro, para as actividades extra-curriculares no centro social, voltando às 10.30 horas à escola.
"Depois vão almoçar novamente ao centro social e voltam. E, às 15.30 horas, vão novamente para as actividades extra curriculares", descreveu, alegando que, apesar de serem distâncias curtas, "andam muito tempo de um lado para o outro".
Por isso, os pais consideram que a solução passa por voltar aos horários duplos até o centro escolar esteja concluído, daqui a dois anos. Nessa altura, estarão reunidas as condições para acabar com os horários duplos.
A Direcção Regional do Norte adiantou que já foram contratadas mais duas auxiliares para a escola, alegando que o agrupamento é que fará a gestão de quando estas entrarão ao serviço.
Por outro lado, nota que as turmas "preenchem todos os requisitos legais", sublinhando que a questão dos espaços físicos é da responsabilidade da Autarquia. O JN não conseguiu chegar à fala com o vereador da Educação na Câmara de Famalicão.
"jn"