O número de mortos nos confrontos entre autoridades e criminosos nas favelas do Rio de Janeiro subiu para 35, segundo um comunicado da Polícia Militar divulgado na madrugada de hoje, sábado.
Segundo o site de notícias G1, de acordo com relações públicas da Polícia Militar (PM), coronel Lima Castro, desde domingo foram registados 96 veículos incendiados, 48 armas e 8 granadas apreendidas, além de grande quantidade de drogas e material inflamável.
A imprensa brasileira, entretanto, aponta para 45 mortos nos confrontos entre polícias e criminosos. A PM informou que, até a tarde de sexta-feira, o número de detidos era de 196, além de inúmeros feridos.
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A imprensa brasileira aponta para 45 mortos nos confrontos |
A Secretaria Estadual de Saúde também divulgou um balanço sobre o número de feridos que deram entrada entre quarta e sexta-feira no Hospital Getúlio Vargas.
O hospital, que fica na Penha, zona morte do Rio (próximo da Vila Cruzeiro, ponto principal da actuação das autoridades policiais) recebeu 33 feridos nesse período, sendo que seis morreram e seis permaneciam internados na unidade.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na noite de sexta-feira Márcia Gama Nepomuceno, mulher do traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Marcinho VP.
Segundo a polícia, o traficante é um dos chefes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), que teria ordenado os ataques criminosos ocorridos no Rio de Janeiro, iniciados no domingo passado.
O juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 1ª Vara Criminal de Bangu, decretou a prisão preventiva de Flávia Pinheiro Fróes e de Luiz Fernando Costa, advogados de Marcinho VP.
O magistrado também pediu a prisão da advogada Beatriz da Silva Costa, apontada pelo Ministério Público como amante do criminoso.
Os três são suspeitos de transmitir ordens de VP e de Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, para criminosos responsáveis pelos ataques nas ruas do Rio de Janeiro.
Na quinta-feira, Marcinho VP e Elias Maluco foram transferidos, por ordem judicial, da penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná, de onde teriam dado as ordens para os ataques, para outro presídio federal, em Porto Velho, em Rondônia.
Desde domingo, o Rio de Janeiro está a sofrer ataques criminosos e as autoridades já mobilizaram 800 militares, agentes federais e outros efectivos policiais, além da utilização de carros blindados e outros equipamentos militares.
Segundo as autoridades, os ataques surgiram pelo descontentamento dos criminosos pela ocupação da polícia em algumas favelas cariocas e pela transferência de vários traficantes para outros presídios de segurança máxima.
jn