Escolhiam as vítimas que lhes parecessem mais frágeis, mulheres na casa dos 60 e 70 anos, e arrancavam-lhes com violência os fios em ouro e outros objectos de valor que ostentassem. Depois, fugiam numa mota.
Foi este método de dois indivíduos, de 29 e 34 anos, detidos pela PSP por suspeitas de pelo menos sete roubos por esticão cometidos no último mês no concelho de Matosinhos.
Segundo o JN apurou, o mais novo, pescador e residente na Póvoa de Varzim, estava obrigado a permanecer em prisão domiciliária com pulseira electrónica, mas isso não o inibiu de praticar os crimes. Só esta semana, foi detido duas vezes. A primeira na passada quarta-feira, depois de ter tentado fugir a pé ao longo de vários metros pela auto-estrada A28, em dia feriado e com trânsito intenso. Ainda assim, foi perseguido e interceptado por agentes da 2ª Equipa de Intervenção Rápida da Divisão de Matosinhos da PSP.
No dia seguinte, anteontem, voltou a ser apanhado fora de casa, ou seja, em violação da prisão domiciliária. Desta vez, numa acção da Divisão de Investigação Criminal da PSP destinada a travar a vaga de roubos, em que também foi detido um cúmplice, igualmente morador em Averomar, na Póvoa de Varzim.
Os dois homens atacaram, entre outros locais, nas imediações do centro comercial NorteShopping, na Senhora da Hora. Enquanto um se dirigia às mulheres, arrancando-lhe os bens, o outro esperava numa mota, onde depois consumavam a fuga.
"Eram violentos, chegando a agarrar-se ao pescoço das vítimas para lhes roubar as jóias. Em dois casos, as lesadas receberam tratamento hospitalar", disse fonte policial.
Um dos suspeitos foi detido no concelho de residência e o outro no Bairro de Pinheiro Torres, no Porto. A PSP suspeita que os artigos roubados fossem trocados por droga ou vendidos a lojas de ouro usado. Os dois foram ontem levados a tribunal e ficam em prisão preventiva.

jn