A Turquia, Egipto e Jordânia enviaram equipas para ajudar Israel a combater o maior incêndio da sua história que deflagrou na periferia de Haifa.

Considerado como o maior incêndio da história de Israel, que terá causado 44 mortos, já devastou mais de três mil hectares no Parque Nacional Monte Carmelo, na periferia de Haifa, importante cidade portuária no norte do país.

Haifa, terceira cidade do pais, com cerca de 265 mil habitantes, face à violência dos fogos terá de evacuar 15 mil pessoas residentes, das quais duas mil, de um bairro sul na periferia da cidade. Segundo o ministro de Segurança Interna, Yitzhak Aharonovitch, «tendo em conta as medidas de precaução adoptadas, actualmente ninguém está em perigo», no entanto na antena Radio Israel o responsável nacional dos bombeiros, Shimon Romah, garantiu que ainda não conseguiram controlar o incêndio «e o vento só tem agravado as coisas.»

Todavia, este incêndio tem revelado fortes deficiências nos serviços de emergência e protecção civil israelitas, apesar de terem sido disponibilizados 370 bombeiros faltam homens e material para um combate eficaz às chamas, situação agravada pelo adiamento sucessivo da compra de Canadair, obrigando quinta-feira o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a pedir ajuda internacional. Pondo parte as tensões politicas o Egipto, Jordânia, Turquia, Azerbaijão, Bulgária, Rússia, França, Grécia, Grã-Bretanha e Chipre disponibilizaram-se para ajudar Israel.

A impressa israelita não tem poupado críticas aos sucessivos governos que minimizaram compulsivamente os serviços da protecção civil. Para o diário Maariv Israel que «dispõe de satélites espiões, aos quais se atribuem operações militares incríveis em todo o mundo, que se prepara para atacar as instalações nucleares de uma potência regional, que tem tecnologia de ponta, é também o país que ao fim de sete horas esgotou seus recursos contra incêndios».

Segundo as autoridades israelitas o fogo terá deflagrado numa lixeira ilegal e o tempo excepcionalmente seco que tem assolado a região no último mês terá contribuído para a rápida propagação do incêndio.

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