[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]Um tribunal francês condenou esta segunda-feira a companhia aérea Continental Airlines ao pagamento de uma multa de 200 mil euros pelo acidente que matou 113 pessoas em 2000.
A condenação da companhia aérea americana resulta do facto de o acidente ter sido causado pela queda de uma peça de metal de um avião da Continental na pista do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. A peça furou um pneu do Concorde quando este descolava, a 25 de Julho de 2000, provocando o acidente que matou os 109 ocupantes do avião supersónico e outras quatro pessoas em terra.
A decisão abre caminho a novos pedidos de indemnização das famílias das vítimas, que poderão ascender a um total de 10 milhões de euros, 70% dos quais a pagar pela United Continental Holdings (a nova designação da companhia após uma fusão com a United Airlines) e outros 30% pelo grupo aeronáutico EADS, actual dono das empresas que fabricavam o Concorde.
O tribunal de Pontoise (norte de Paris) decidiu ainda condenar o mecânico John Taylor a uma pena de 15 meses de prisão, por homicídio involuntário, que foi suspensa. Segundo a agência Reuters, o tribunal deu como provado que Taylor usou titânio para soldar a peça que caiu do avião da Continental - prática que contraria as regras da manutenção aeronáutica. Três oficiais de aviação franceses foram absolvidos.
Os advogados da Continental - que terá ainda de pagar um milhão de euros à Air France - e de Taylor anunciaram à saída do tribunal a intenção de recorrer da decisão.
O acidente de 2000 levou a uma suspensão de 16 meses de todos os voos dos Concorde da Air France e da British Airways. O primeiro avião comercial a ultrapassar a barreira do som acabou por ser abatido ao serviço de ambas as companhias em 2003.
CM