O fundador do WikiLeaks foi detido esta terça-feira no Reino Unido depois de ter ido voluntariamente entregar-se à polícia londrina. O australiano será presente a juiz ainda esta tarde.

Apesar da detenção de Julian Assange o porta-voz do site mais polémico da actualidade já garantiu que, independentemente do que acontecer a Assange, as revelações de documentos secretos vão continuar.
O «encontro» entre um dos homens mais procurados do momento e a Scotland Yard foi anunciado esta segunda-feira. Um dos advogados do fundador do WikiLeaks admitiu mesmo que o encontro estava a ser negociado.
«Recebemos o mandado de captura [relativo às acusações na Suécia]. A polícia está em contacto connosco. Estamos a negociar um encontro», disse um dos advogados, Jennifer Robinson.
Esta manhã, Julian Assange, de 39 anos, «foi detido no âmbito de um mandado europeu às 09:30», depois de se ter apresentado à polícia, precisou a Scotland Yard.
Em causa não estão as divulgações de documentos confidenciais que têm incomodado as relações diplomáticas entre vários países e inflamado os EUA, mas sim de índole sexual. O fundador do WikiLeaks é acusado de violação e agressão sexual por duas ex-colaboradoras, na Suécia, mas nega todas as acusações.
Depois da detenção, o porta-voz da WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson declarou que o site vai continuar a operar normalmente. «WikiLeaks está operacional. Vamos continuar no mesmo caminho. Qualquer desenvolvimento a respeito de Julian Assange não irá alterar os planos que temos para as divulgações de hoje e dos dias seguintes», disse segundo informa a Reuters.
Julian Assange vai ser presente esta tarde, pelas 14 horas, a tribunal. Na Internet, surgiu já um site de apoio ao australiano intitulado «Justiça para Assange» e que agendou já um protesto frente ao tribunal, pelas 13:30.

jn