O escritor peruano Mario Vargas Llosa fez hoje, no discurso de aceitação do Prémio Nobel da Literatura, um elogio da leitura, «a coisa mais importante» que lhe aconteceu, e da literatura, que permite viver «de alguma maneira» outras vidas.
Nesse discurso, o ato mais importante da «semana Nobel», juntamente com o ato de entrega do galardão, que decorre na próxima sexta-feira, em Estocolmo, Vargas Llosa, de 74 anos, salientou que a literatura, além de nos mergulhar no sonho da beleza e da felicidade, nos alerta para todas as formas de opressão.
Para o autor de obras como «Conversa na Catedral», «A Tia Júlia e o Escrevedor», «A Festa do Chibo» e o mais recente «O Sonho do Celta», sem a ficção, o homem seria menos consciente da importância da liberdade para que a vida seja passível de ser vivida, e do inferno em que esta se transforma quando é espezinhada por um tirano, uma ideologia ou uma religião.
Diário Digital / Lusa