Dany Bahar, presidente executivo da Lotus Cars, não se mostra minimamente incomodado com a existência de duas equipas com o nome Lotus, na próxima temporada de Fórmula 1. Na passada quarta-feira, o construtor britânico anunciou a aquisição de grande parte do capital da escuderia Renault, o que lhe permite utilizar o nome Lotus Renault GP na próxima temporada.
Tal situação poderá criar confusão no mundo da F1, até porque, Tony Fernandes (proprietário da escuderia que utilizou o nome de Lotus Racing na passada temporada) mostra-se relutante em prescindir do nome Team Lotus, para não falar da combinação de cores que são exactamente as mesmas… preto e dourado.
Porém, isto não é motivo de preocupação para o líder do construtor britânico que, quando confrontado com o cenário, mostrou-se muito tranquilo. “Para mim não há problema algum. A polémica é algo incentivada pelos meios de comunicação social e a situação está a ser discutida na Malásia com os proprietários da «F1 Malasya Racing Team» (nome original da escuderia de Tony Fernandes)”, referiu.
“Esta situação não nos afecta de maneira nenhuma. Para mim é melhor ter quatro carros com a marca Lotus do que ter apenas dois. Não tenho nada contra isso”, garantiu Bahar, numa entrevista à rádio britânica BBC.
Segundo Dany Bahar, a associação à Renault é mais proveitoso do que uma equipa apenas com um ano na competição, como é o caso da escuderia malaia e construir uma equipa a partir do zero seria algo muito trabalhoso e dispendioso.
“Para mim é apenas uma decisão estratégica, porque construir uma equipa do zero é muito trabalhoso e dispendioso e apoiar uma equipa com uma temporada de experiência apenas não é suficiente para as nossas ambições”, comentou, acrescentando que: “Nós escolhemos uma das maiores equipas da F1 e vamos lutar pelos títulos”.
A Formula 1 não será o único objectivo para a Lotus, sendo que o construtor britânico irá também investir na Formula Indy, GP2 e GP3, assim como num projecto para as 24Horas de Le Mans.
autoportal.i