Durante quatro anos, simulou ser vítima de roubos violentos para poder receber dinheiro das seguradoras. Ao todo, recebeu cerca de 10 mil euros de máquinas fotográficas e computadores portáteis supostamente furtados.

A PSP começou a desconfiar das queixas e, durante uma busca em casa do suspeito, de 47 anos, na Maia, encontrou o material alegadamente desaparecido. O homem foi constituído arguido.

O esquema era simples: apresentava queixas nas esquadras, garantido que dois assaltantes lhe tinham levado um portátil ou uma máquina fotográfica. Com o auto da PSP, ia à loja onde tinha comprado o material e firmado um seguro para iniciar o processo de indemnização.

O homem, proprietário de um bazar, sabia que os seguros feitos nas lojas não cobrem as simples situações de furto, e, por isso, apresentava sempre queixa de um assalto consumado com violência.

"As queixas eram sistematicamente arquivadas porque a suposta vítima nunca conseguia descrever os assaltantes, nem nunca havia testemunhas", explicou ao CM Afonso Sousa, subcomissário da Divisão de Investigação Criminal da PSP.

A PSP apreendeu quatro portáteis, quatro máquinas fotográficas e ainda um televisor e um kit multimédia. Os dois últimos terão sido adquiridos com dinheiro dos seguros.
CM