As escolas do ensino particular e cooperativo vão levar o Estado a Tribunal com o intuito de travarem os cortes no financiamento, afirmou esta quinta-feira o presidente da Associação Portuguesa de Escolas a Católicas (APEC).
"O que nós pretendemos é que seja reposta a contratualização inicial ou pelo menos que seja negociada de maneira clara, sem má fé, um pressuposto financeiro que torne viável a continuidade do ensino particular e cooperativo", afirmou à agência Lusa o padre Querubim Silva, também director do Colégio de Calvão, em Vagos.
O director sublinhou que o recurso à Justiça foi decidido num encontro realizado na terça-feira entre escolas particulares, incluindo católicas, da Federação Nacional das Associações de Pais das Escolas Católicas, da Associação de Professores do Ensino Particular e Cooperativo e do Fórum para Liberdade de Educação.
"É obvio que quando o Estado contratualiza uma coisa e depois, a meio do percurso, unilateralmente decide outra coisa, nós temos razão para pedir indemnização desta fraude em que fomos envolvidos", acrescentou o presidente da APEC.
O responsável garantiu estar disponível para o regresso às negociações "de uma maneira séria", com "custos claros na mesa, quer da parte do ensino estatal, quer parte do ensino cooperativo e particular".
CM