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A Associação da Imprensa Estrangeira em Israel ameaça boicotar as conferências de imprensa do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, depois de uma repórter ter sido convidada a tirar o sutiã por questões de segurança governamentais.

“Num país democrático os serviços de segurança não podem fazer o que quiserem”, sublinhou a associação em comunicado, acrescentando que os procedimentos de segurança devem ser alterados “imediatamente”.

As declarações surgem após uma queixa apresentada quarta-feira pelo canal televisivo 'Al-Jazeera', que alega uma verificação humilhante e prolongada a uma das suas jornalistas, numa conferência de imprensa na noite de terça-feira.

A jornalista, Najwan Sinri Diab, foi convidada por um dos seguranças a retirar a toda a roupa, incluindo o soutien.

“Eu não sou contra a segurança, mas sim contra a humilhação”, afirmou a repórter Najwan Sinri Diab, acrescentando que apenas foi escolhida por representar um canal árabe.

Contudo, de acordo com a Associação de Imprensa Estrangeira, Sinri Diab não foi a única a ser submetida a este método de segurança israelita, uma vez que aos fotógrafos e jornalistas do Wall Street Journal também já lhes fora pedido que tirassem a roupa.

“Para um governo que tenta realizar uma nova era de relações com a imprensa estrangeira, este parece não ser o melhor caminho para o fazer”, afirmou a associação .

De acordo com o serviço de segurança do primeiro-ministro israelita, os métodos utilizados foram necessários porque a repórter do canal 'Al Jazeera' “não cooperou com o procedimento normal de segurança”.
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