Daniel C., 31 anos, funcionário de uma empresa de segurança de Leiria, está acusado do crime de homicídio qualificado na forma tentada e de detenção de arma proibida. Encontra-se detido preventivamente no Estabelecimento Prisional da cidade.
Ontem, em tribunal, contou que era cliente habitual do Beat Clube, e que quando chegou ao espaço o segurança, seu amigo, o avisou que “estava lá um senhor, que tinha exibido uma arma branca e que tinha dito que me voltava a esfaquear”. Disse ainda ter visto a vítima, Paulo Almeida, de 38 anos, disck jockey, e que se dirigiu a ele para o questionar.
“Ele insultou-me e começou a ameaçar-me. Disse que me ia dar um tiro. Eu devia não ter ligado e ir-me embora. Esse foi o meu erro”, afirmou Daniel C., adiantando que agarrou a vítima e que mais tarde, meteu a mão no bolso, de onde retirou uma navalha. “Fiz um movimento com o braço e não me apercebi logo que o tinha atingido”, assegurou.
Explicou que conhecia a vítima há quatro anos, após ter sofrido uma agressão, um facto de que nunca apresentou queixa.
Paulo Almeida esteve um mês em coma após sofrer ferimentos na face, abdómen, pulmão e fígado. Negou ter feito as ameaças e garante desconhecer a razão da agressão. “Conhecia-o da noite mas nunca convivemos” disse.
Admitiu ter conhecido Daniel há quatro anos quando geria um bar nas Meirinhas, Pombal. Diz que foi agredido e assaltado por quatro indivíduos, um deles o suspeito, e que o “picou” com uma pequena navalha. Um “acordo de cavalheiros” terá selado o caso.
"jn"