demoura super moderador
Data de inscrição : 30/01/2010 Idade : 44
| | Morreram 42 pessoas nas eleições legislativas do Afeganistão | |
Pelo menos 42 pessoas, entre rebeldes, civis e forças de segurança, morreram e 107 ficaram feridas em resultado das acções violentas ocorridas hoje, sábado, durante a jornada eleitoral afegã, indicaram as autoridades.
Os responsáveis de segurança afegãos afirmaram, numa conferência de imprensa, que durante o dia morreram onze civis, três polícias, um militar e 27 talibãs, acrescentando que o nível de segurança foi superior ao das eleições presidenciais de 2009.
A taxa de participação nas eleições legislativas do Afeganistão foi estimada em 40% de eleitores no fim do escrutínio, anunciou o chefe da Comissão Eleitoral independente.
Segundo Fazil Ahmad Manawi, 3,6 milhões de afegãos depositaram o seu voto numa das 4.362 mesas de voto onde eram esperados mais de nove milhões de eleitores.
Cerca de 92 % das assembleias de voto abriram hoje, sábado, para as eleições legislativas no Afeganistão, uma percentagem superior à que tinha sido prevista anteriormente.
"Segundo as últimas informações, das 5816 assembleias de voto que queríamos abrir, 92 % abriram. Ainda não temos informações sobre os restantes 8 %, se abriram ou não", declarou o chefe da Comissão eleitoral independente, Fazil Ahmad Manawi.
A comissão eleitoral independente estimou sexta-feira que um milhar de assembleias de voto não abririam portas por não haver suficiente segurança, ou seja 15 % do total.
Responsáveis da polícia referiram que combates entre talibãs e forças da segurança forçaram as autoridades a fechar cinco assembleias de voto.
Eleições realizam-se sob ameaça de ataques dos talibãs
Um ano após as presidenciais que reelegeram Hamid Karzai, o Agfeganistão realizou hoje, sábado, eleições legislativas, num ambiente de crescente insurreição, com os talibãs a ameaçarem atacar eleitores e assembleias de voto.
"Todas as estradas que levam às assembleias de voto vão ser atacadas e as forças de segurança e os que trabalham na organização das eleições serão os primeiros alvos", declarou Zabihullah Mujahid, um porta-voz do comando talibã.
Os talibãs já tinham apelado antes ao boicote às urnas, pedindo também aos afegãos que se juntem "à jihad e à resistência" contra os "invasores" estrangeiros.
Para além das ameaças dos talibãs, o clima de medo reinante em muitas zonas do país e o precedente das fraudes que marcaram as presidenciais de 2009 colocam em risco as legislativas deste sábado, a credibilidade do regime de Cabul e a estratégia militar e política da comunidade internacional no país.
O Presidente afegão, Hamid Karzai, já admitiu que haverá irregularidades nas legislativas mas apelou a todos os afegãos, incluindo os talibãs, para que façam o seu melhor e participem na eleição do Parlamento.
Mais de 10,5 milhões de afegãos foram chamados às urnas para eleger os deputados da Assembleia Nacional.
Cerca de 2500 candidatos disputam os 249 lugares da 'Wolesi Jirga', a câmara baixa do Parlamento. Estas são as segundas eleições legislativas por sufrágio universal desde a queda do regime talibã, em finais de 2001. Do total de lugares na câmara baixa, 68 são reservados a mulheres.
A campanha eleitoral decorreu em paralelo com uma campanha de intimidação dos candidatos pelos talibãs. Pelo menos três foram assassinados e registaram-se dezenas de ataques contra os apoiantes de outros.
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