Aeroportos a meio gás, industria afectada com bloqueios aos mercados abastecedores, obras do TGV interrompidas e parte da imprensa espanhola parada. São estes os sectores mais afectados com a sétima greve geral que se vive hoje, quarta-feira, em Espanha.
"Nuestros hermanos" acordaram em dia de greve e muita gente não foi trabalhar. Os aeroportos espanhóis foram afectados com a greve e dos 234 voos programados até às 7 horas de hoje, quarta-feira, operaram apenas 95, o que representa cerca de 40% do previsto, com um largo número de cancelamentos já confirmado.
Greve afecta voos de Lisboa e PortoResponsáveis da TAP e da Ibéria ouvidos pela Lusa afirmaram prever que a maioria das ligações aéreas entre Portugal e Espanha sejam canceladas ou sofram atrasos.
A Ibéria confirmou já o cancelamento de quase todos os seus voos entre Barcelona e Madrid e as cidades portuguesas de Lisboa e Porto.
No caso da TAP foram já cancelados seis voos dos nove entre Barcelona e Portugal, e sete entre Madrid e Portugal, dos 10 operados normalmente.
Bloqueios a mercados e autocarrosTambém os mercados se deparam com problemas. Os bloqueios aos mercados abastecedores das grandes cidades e aos autocarros públicos em Madrid, causaram ligeiros incidentes em alguns piquetes informativos e pelo menos cinco feridos é o balanço das primeiras horas da greve geral em Espanha.
A imprensa é outra pedra no sapato. A luta em favor dos meios de comunicação, considerados como uma das parte mais frágeis do mercado laboral em Espanha, era apontada, ontem, terça-feira, pelos sindicatos, com um dos principais objectivos da greve.
Alguns profissionais da imprensa espanhola iniciaram a greve ontem, terça-feira, com valores de adesão que variam de acordo com a sensibilidade política a que são associados e com a região do país.
Obras do TGV e de autoestrada Plasência-Portugal paradasAs obras nos troços da linha de alta velocidade entre Madrid e a fronteira com Portugal bem como as da autoestrada entre Plasência e Portugal estão paradas devido à greve geral de hoje, informaram fontes sindicais.
Os dados foram confirmados por responsáveis da secção de Metal, Construção e Afins da UGT (MCA-UGT) e pela Federação de Construção, Madeira e Afins da CCOO (FECOMA-CCOO).
"jn"