demoura super moderador
Data de inscrição : 30/01/2010 Idade : 44
| | Sócrates salienta aposta na redução da despesa no início do debate quinzenal | |
Sócrates salienta aposta na redução da despesa no início do debate quinzenal
15h38m
O primeiro-ministro defendeu, no início do debate quinzenal no Parlamento, que dois terços do esforço de consolidação orçamental será feito pelo lado da descida da despesa e advertiu que agora é tempo de a oposição assumir as suas responsabilidades. José Sócrates falava no primeiro debate quinzenal da presente sessão legislativa, um dia depois de o seu Governo ter aprovado um amplo conjunto de medidas de redução do défice com efeitos já para este ano e para 2011. Num debate subordinado ao tema das "orientações de política económica e das finanças públicas", o líder do executivo deixou no seu discurso vários recados indirectos ao PSD, partido que exigiu cortes na despesa para viabilizar a proposta de Orçamento do Estado para 2011. Segundo o primeiro-ministro, o Governo fez "uma opção política clara" ao "incidir a maior parte do esforço do lado da redução da despesa pública, com sentido de justiça e sem pôr em causa o Estado social". "Asseguramos dois terços da redução do défice com a redução da despesa. Mas um terço virá, como é correcto, da melhoria da receita fiscal", sustentou, antes de colocar em causa a validade das teses da oposição de esquerda. "É certo que alguns dirão que nem se deveria reduzir a despesa nos seus agregados principais, nem se deveria aumentar a receita fiscal: basicamente, não se deveria consolidar as contas públicas. Esta opção seria, porém, catastrófica, porque colocaria Portugal em contra ciclo da União Europeia, colocaria a dívida portuguesa à mercê dos ataques especulativos e afundaria a confiança dos agentes económicos", defendeu. Já em relação à oposição de direita, Sócrates acusou-a de pretender como alternativa cortar "dramaticamente no financiamento dos serviços públicos de educação, saúde e protecção social, transformando-os em serviços mínimos, e beneficiando os que recorrem aos serviços privados". "Numa palavra: é a alternativa de enfraquecer o Estado social", apontou, fazendo, depois, um aviso às oposições sobre as condições políticas para a viabilização da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano. "Esforço temporário" Para Sócrates, "a responsabilidade política é a questão chave deste momento", acentuando em seguida que o Governo "tomou as medidas necessárias para dissipar qualquer dúvida sobre o cumprimento do objectivo orçamental de 2010 e aprovou as orientações fundamentais para o Orçamento de 2011". "É agora tempo de cada força política fazer a sua escolha e assumir as responsabilidades pelas consequências dessa escolha", frisou, referindo que a actual conjuntura é para Portugal de "grande exigência". José Sócrates defendeu ainda que o conjunto de medidas tomadas pelo Governo na quarta-feira representa "um esforço temporário", alegando que "quanto maior for o nosso empenhamento e a nossa determinação mais rápida e eficazmente chegaremos à nossa meta". "Os portugueses compreendem bem a necessidade e a urgência das medidas que tomámos. Cabe-nos a nós, agentes políticos, saber compreender com igual sentido de responsabilidade, pondo de lado cálculos de circunstância", disse, em novo recado dirigido às oposições.
|
"jn" | |
|