Um jovem de 22 anos, de Albergaria-a-Velha, líder um grupo de jovens que durante uma semana, em Outubro do ano passado, agrediu e roubou estudantes universitários em Aveiro, foi condenado a seis anos de prisão.
Outros dois acusados, de 20 e 22 anos, residentes no Bairro de Santiago, em Aveiro, também foram condenados, mas a três e a dois anos e seis meses de prisão, com a pena a ser suspensa por igual período de tempo. A suspensão, no entanto, é acompanhada pelo regime de prova executada com vigilância e apoio dos serviços de reinserção social.
Entre 2 e 9 de Outubro do ano passado, o grupo agrediu e roubou telemóveis e dinheiro a oito estudantes universitários, nas zonas da Baixa de António e Urbanização Chave (Santiago) e nas ruas Mário Sacramento, Clube dos Galitos e Cais do Alboi.
Os universitários aveirenses foram atacados entre as quatro e as 7,30 horas da madrugada, quando regressavam a casa depois de terem estado nos festejos académicos de integração do caloiro, em Aveiro.
O tribunal considerou que os crimes praticados pelos três jovens "são geradores de grande alarme social", como é o caso de "violência exercida por grupos de jovens durante a madrugada sobre vítimas incapazes de lhes resistir e impedir as agressões".
Agressões gratuitasO líder do grupo - que já tinha sido condenado, em Junho do ano passado, ao pagamento de uma multa por abuso de confiança e ofensa à integridade física - confessou parcialmente os factos durante o julgamento. Soldador de profissão, foi detido uma semana depois de a primeira vítima ter sido agredida, na Baixa de Santo António, e encontra-se no Estabelecimento Prisional Regional de Aveiro.
Algumas das vítimas referiram ter sido atacadas por grupos de três , seis e oito indivíduos, mas a PSP de Aveiro só conseguiu identificar cinco - os três agora condenados em tribunal e dois menores. "Passem para cá tudo o que têm e estejam calados, senão levam quatro chinadas no bucho", terá sido a expressão usada pelos assaltantes, segundo descrição de um dos estudantes. Muitos dos lesados não ofereceram resistência, o que não impediu que fossem agredidos a murro e pontapé após os roubos, tendo necessidade de receber tratamento hospitalar.
Os arguidos estavam acusados de 19 crimes de roubo e ofensas à integridade física, mas foram absolvidos de cinco dos crimes.
"jn"