demoura super moderador
Data de inscrição : 30/01/2010 Idade : 44
| | Matou o cunhado a tiro por causa de biscoitos | |
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Um cabo da GNR aposentado foi morto a tiro por um cunhado, seu vizinho, este sábado de manhã, em Salgueiro, freguesia de Vila Marim, Mesão Frio. Desavenças derivadas do negócio de biscoitos são apontadas pela população como o presumível motivo do crime.
O homicídio ocorreu cerca das 10,50 horas, no pátio da casa do GNR reformado, Manuel Morais, de 53 anos. Presumivelmente foi atingido por um tiro de pistola de calibre 6,35 milímetros, disparado por António Manuel, trolha, que fazia uns biscates e tem idade aproximada à da vítima. A seguir, o alegado homicida fugiu, numa motorizada. Quando era procurado pelas autoridades, entregou-se no posto da GNR de Paredes.
Ao fim da tarde de ontem, o alegado homicida estava de regresso a Salgueiro para ajudar a Polícia Judiciária (PJ) na reconstituição dos acontecimentos e explicar onde terá deitado fora a arma.
As buscas ocorreram nas imediações na sua casa. O invólucro do projéctil disparado foi também procurado insistentemente pelas autoridades no pátio onde ocorreu o crime. Os investigadores passaram a pente fino o chão de toda aquela área e remexeram mesmo montes de areia ali depositada.
"Assassino, anda cá para fora!", gritavam populares, que entretanto se foram concentrando nas imediações do local, à passagem da viatura da PJ em que seguia António Manuel.
"Deu com uma população pacífica, senão não sei que lhe acontecia", protestava Manuel Fernando Teixeira, acrescentando, revoltado: "Não se pode matar uma pessoa só por causa de uns cêntimos". Corroborou, ao JN, a versão que corre na aldeia. "Eles eram familiares (a vítima era irmão da mulher do homicida) e davam-se bem. Ultimamente, por causa do negócio dos biscoitos, porque ao que parece um vendia mais e o outro menos, começaram os desentendimentos, até acabar no que agora se viu".
Manuel Fernando só se apercebeu do sucedido quando viu passar o INEM e correu para ver o que se tinha passado. Henrique Rocha, que vive a menos de 100 metros do local do crime, contou, ao JN, que estava a trabalhar em casa quando ouviu pessoas a gritar.
"Dirigi-me ao local e vi o homem estendido no chão e uma poça de sangue. Depois, retirei-me", especificou. Lúcio Alves também viu o mesmo cenário e, ao fim da tarde, foi espreitar as movimentações das autoridades no local. Foi barrado pela GNR e fez meia volta. Mas ainda pôde ver de perto o homicida dando indicações sobre o local onde se teria desfeito da arma.
"Ele trabalhou para mim. Fez-me lá umas obras no telhado da casa onde tenho as ovelhas. Até era um bom trolha. Pena ter acontecido isto agora".
"jn"
| |
| |
|