Alertados pela notícia da apreensão de uma lancha utilizada no tráfico de haxixe, dois pescadores foram ontem à zona da Barrinha, em Faro, "procurar qualquer coisa para vender". Foram identificados pela Polícia Marítima, que ali apreendeu mais de 30 fardos.
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Fardos de haxixe apreendidos pela Polícia Marítima em Faro |
Os homens levantaram suspeitas por passearem a pé junto a um banco de areia onde a maré-baixa acabara de pôr a descoberto 22 fardos de haxixe, parcialmente enterrados e dissimulados na vegetação.
Abordados pela Polícia Marítima (PM), os dois pescadores algarvios, já conhecidos das autoridades, disseram que ali se deslocaram depois de saberem pela Comunicação Social da apreensão de uma lancha-rápida vazia, encalhada à saída da barra após descarregar toneladas de haxixe junto à ilha de Faro.
Ao que o JN apurou, a explicação de que procuravam fardos para vender não convenceu e os pescadores foram identificados para posteriores averiguações.
Sobre estes homens, o comandante da Autoridade Marítima do Sul, Marques Ferreira, apenas diz que "estavam nas imediações da zona onde se encontrava a droga e entendemos que era útil a sua identificação".
Os primeiros fardos foram detectados por volta das 9.30 horas, num banco de areia, a cerca de uma milha do local onde anteontem tinha sido encontrada uma lancha com 12,5 metros de comprimento e três motores de 250 cavalos cada.
O semi-rígido estava vazio, havendo fortes suspeitas de que a droga tivesse sido descarregada na zona, tendo a embarcação - nova e sem avarias - encalhado quando iniciava a viagem de regresso a Marrocos.
Uma das hipóteses é que o haxixe tenha sido ali deixado para mais tarde ser recolhido, o que não aconteceu graças a operações de busca entretanto montadas pela PM.
Até ao início da noite já tinham recuperado mais de 30 fardos, numa acção que contou com o apoio de mergulhadores da Marinha, já que alguma droga estava submersa
jn