Um homem investigado há mais de uma década pela PSP de Espinho e a quem são atribuídos mais de 150 crimes, foi preso anteontem. O suspeito já foi condenado várias vezes mas as penas sempre foram suspensas pelo que nunca esteve preso.

foto MANUEL AZEVEDO/GLOBAL IMAGENS

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Foi detido o suspeito de mais de 150 crimes

O homem de 24 anos, natural de Silvalde, Espinho, foi detido na manhã de anteontem pela PSP de S. João da Madeira quando conduzia uma viatura furtada, em Santa Maria da Feira. Foi presente a primeiro interrogatório tendo o tribunal decretado a sua prisão preventiva. Sobre ele pendiam cinco mandados de detenção na Esquadra de Investigação Criminal de Espinho, relacionados com diferentes processos, sendo que três dos mandados visavam a sua presença no Ministério Público para interrogatório.
Desde 2004 que a sua actividade delinquente é acompanhada pelas autoridades. Registos de furtos em dezenas de estabelecimentos de restauração, empresas e escolas a que se juntam o furto habitual de veículos, agressões e posse de arma proibida, receptação e condução sem carta.
Os crimes em causa foram cometidos em Espinho e em concelhos vizinhos como Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Vila Nova de Gaia, entre outros. Uma lista de crimes que, apesar de extensa, não foi ainda suficiente para que o homem fosse sentenciado a cumprir pena de prisão efectiva.
Duas condenações suspensas
Em 2007 o suspeito foi condenado a três anos de prisão, suspensa por igual período, por crimes relacionados com furtos. Mesmo assim, diz a Polícia, continuou com os furtos.
Ainda dentro do período de suspensão, acabaria por ser condenado a mais ano e meio de prisão, mas o cumprimento foi de novo suspenso. Neste período, apurou o JN, foi novamente relacionado com crimes contra o património.
Entre os principais furtos que lhe são atribuídos conta-se o ocorrido numa empresa de metalúrgica em S. Paio de Oleiros (Feira) de onde levo maquinaria e viaturas provocando prejuízos que ascendem a 68 mil euros.

Em Outubro, foi detido em flagrante delito, em Vila Nova de Gaia, quando se preparava para colocar um LCD que acabara de furtar do café "Olá Gaia" dentro de uma viatura que furtara em Peso da Régua. Foi de novo libertado.
Apesar de não ter profissão, o suspeito consumia drogas duras, era conhecido por vestir roupas de marca e ter vários telemóveis sempre com saldo, sabendo-se também que pagou várias multas elevadas relacionadas com os processos de que foi alvo.

jn