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 Homicida critica GNR "quietinhos"

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22112010
MensagemHomicida critica GNR "quietinhos"

O indivíduo que o Tribunal de Montemor-o-Velho está a julgar por quatro crimes de homicídio (dois consumados e dois tentados) defende que ninguém seria morto ou ferido, se os militares do posto local da GNR não ficassem "quietinhos", quando ele ali surgiu armado.
"Naquele dia, em frente à GNR, não tive ninguém que me dissesse: "Mário, pára!"", queixou-se o arguido, 42 anos, na primeira sessão do seu julgamento, na passada quinta-feira.
Mário Pessoa recordava o alegado à-vontade com que saiu do seu automóvel, abriu a porta de uma ambulância e disparou quatro tiros de caçadeira para o seu interior, matando a mulher, de 35 anos, e ferindo a filha, de 6, que alegou não ter visto. A tudo isto assistiram quatro militares da GNR.
Após os disparos, um militar acercou-se de Mário Pessoa e agarrou-lhe a caçadeira, antes de dois colegas o levarem para a zona prisional do posto da GNR de Montemor-o-Velho. Não o algemaram nem lhe retiraram o revólver, que tinha num bolso das calças. Já junto de uma cela, Mário sacou da arma. Diz que era para se suicidar, mas agarraram-no e, na contenda, o revólver disparou-se acidentalmente.
Para o Ministério Público (MP), o arguido atirou com intenção de matar. O militar José Teixeira só ficou ferido numa nádega, mas o colega David Dias, 42 anos, morreu logo ali, com uma bala no tórax.
A actuação dos militares no posto da GNR de Montemor, na trágica manhã de 29 de Novembro de 2009, é questionada desde a primeira hora, em surdina, por eventual passividade.
E, na quinta-feira, ao longo de três horas, o arguido repisou na questão, uma meia dúzia de vezes, em tom queixoso.
Genuíno para uns, fingido para outros, o depoimento de Mário Pessoa foi, de qualquer modo, impressionante. Pela crueldade dos crimes, pela disponibilidade com que o arguido falou deles, mas também pelo lado mais humano que tentou revelar de si.
Eram 7.45 horas, no trágico domingo de 29 de Novembro de 2009, quando a GNR de Montemor-o-Velho formalizou a queixa de Manuela contra o marido. Denunciava-o por a ter agredido, momentos antes, em casa. No tribunal, o arguido negou as agressões e que alguma vez tivesse ameaçado matá-la, se ela se queixasse às autoridades. Confirmou ter ido armado para a GNR, mas para se suicidar à frente da mulher, de quem "desconfiava" de infidelidade.
Quando Mário chegou ao posto da GNR, já uma ambulância arrancava dali, com a mulher e a filha, para o Hospital da Figueira da Foz. Manuela iria curar e atestar os seus ferimentos. Mas o marido pôs-se no encalço da ambulância e, junto da A14, atravessou-se à sua frente. Segundo o MP, saiu do seu carro e ameaçou, com um revólver, o condutor da ambulância: "Ou paras ou mato-te!".
O bombeiro inverteu a marcha. Manuela e a filha estavam em pânico. A mulher gritava que o marido ia matá-la. E telefonou para o posto da GNR, a avisar que voltavam para trás, porque ele os perseguia.
Quando as duas viaturas chegaram à GNR, os militares de serviço já as aguardavam no exterior do edifício. "Parecia uma parada militar", recordou o arguido. A acusação fala em quatro homens e, sem esclarecer se estavam armados, diz que eles "não esboçaram qualquer gesto", porque foram tomados pelo "medo", quando Mário saiu do carro e disse: "Desapareçam daqui, senão mato-vos a todos!". Mário negou aquela ameaça. "Não me desarmaram, porque viram que eu não lhes queria fazer mal... Estavam quietinhos, e assim ficaram", lembrou, para voltar a queixar-se: "Se alguém me tivesse dito: "Ó Mário, o que é que estás a fazer?!"
O juiz Pedro Figueiredo sugeriu-lhe uma explicação para o facto de os GNR não o terem impedido de matar Manuela: "Já pensou que, se calhar, eles tiveram essa reacção porque, à frente deles, estava um homem armado?". O arguido ainda pareceu esboçar uma resposta, mas ficou em silêncio.
Na próxima sessão, falam os militares.


jn
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