A polícia alemã reforçou hoje, segunda-feira, as medidas de segurança na sede do parlamento (Reichstag) em Berlim, proibindo o acesso do público à cúpula envidraçada e ao terraço do edifício, normalmente visitados todos os dias por milhares de turistas.
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Segurança à porta do Reichstag, o parlamento alemão |
A cúpula poderá continuar a ser visitada por grupos de turistas, mediante inscrição prévia, e o restaurante do terraço também continuará aberto ao público, anunciou a presidência do parlamento.
O senador de Berlim para os assuntos internos Erhardt Koerting disse que em redor do Reichstag foram erguidas novas barreiras de segurança e destacados mais 60 elementos da polícia federal para reforçar o dispositivo.
As novas medidas surgem dois dias depois de o semanário Der Spiegel ter noticiado que as forças de segurança terão informações de que um comando de terroristas islamitas tem planos de um atentado contra o Reichstag, para matar o maior número de pessoas e fazer reféns.
Dois dos elementos do comando já estariam em Berlim e as informações teriam sido dadas à polícia judiciária federal, via telefone, por um islamista arrependido, a partir do estrangeiro, adiantou a mesma publicação.
O ministro do Interior, Thomas de Maizière, considerou as notícias do Der Spiege "irresponsáveis", embora sem desmentir claramente o semanário de Hamburgo.
O ministro democrata-cristão anunciou, na quarta-feira, que havia "indícios concretos" de estarem em preparação atentados terroristas na Alemanha e que tinha mandado reforçar a vigilância policial em pontos nevrálgicos, como aeroportos e estações de caminhos de ferro.
Nas fronteiras alemãs estão também a ser feitos controlos pontuais de entradas no país, noticiou a imprensa local.
De Maizière disse ainda que a situação actual de segurança "suscita preocupação, mas não é razão para histerismos", pedindo à população que se mantenha vigilante, mas calma.
jn