O sequestro de mulheres com fins de prostituição teve um crescimento alarmante na Argentina, onde nos últimos 18 meses desapareceram cerca de 700 mulheres, entre as quais várias de outros países, anunciou a ONG La Casa del Encuentro, que elaborou a única estatística disponível sobre o tráfico sexual de mulheres.
Os dados foram recolhidos com base em testemunho de mulheres que conseguiram escapar ou foram libertadas pela forças de segurança, e de familiares das vítimas.
A informação disponível permite estabelecer que a Argentina é o país de origem, trânsito e destino no tráfico de mulheres operado por três máfias internacionais, do México, da Rússia e da China, com ligações locais.
As mulheres são levadas pelas redes através do sequestro ou de ofertas profissionais enganosas.
O mapa do tráfico de mulheres na Argentina revela vários corredores que coincidem com estradas de importante fluxo de pessoas e mercadorias, como a «rota da soja» que atravessa o nordeste e se liga ao Brasil e o Paraguai, e a «rota do petróleo» na Patagónia.
O tráfico de mulheres com fins de prostituição é um negócio que movimenta 32 mil milhões de dólares anuais no mundo e envolve cerca de quatro milhões de mulheres por ano, segundo as Nações Unidas.
DD