O principal arguido no caso das burlas a seguradoras, que está a ser julgado em Espinho, continua desaparecido. António José Correia, considerado o cabecilha do esquema de simulação de acidentes de viação e que é acusado de 134 crimes, não é visto pelas autoridades há mais de dois anos.
O pavilhão de Cassufas, em Anta (Espinho), continua, hoje, a ser palco do julgamento do chamado caso das burlas a seguradoras em que 43 pessoas são acusadas de ter provocado e simulado 138 acidentes de viação entre 2000 e 2006. O arguido principal, António José Correia, esse, ainda não apareceu.
António José Correia, de 39 anos, acusado de 134 crimes, 54 dos quais de burla relativa a seguros e 24 de atentado à segurança rodoviária, começou por comparecer à fase de instrução do processo, mas depois, quando obrigado a marcar presença três vezes por semana no posto da GNR de Canedo, deixou de o fazer. De então para cá, vai para mais de dois anos, nunca mais foi visto pelas autoridades.
Na segunda sessão do julgamento, a defensora de António José Correia disse ao tribunal que ele estava doente e noutra sessão explicou que estava internado numa unidade de saúde de Viana do Castelo.
O tribunal, por sua vez, quis saber se o estado de saúde do arguido era impeditivo a ponto de não poder comparecer no julgamento e acabou por saber que António José Correia não estava, no dia em que a questão foi colocada à tal unidade de saúde, lá internado.
Desde então, nenhuma outra justificação foi dada para a ausência de António José Correia, tendo sido, por isso, emitido um mandado de detenção.
Empresário do ramo automóvel e dono de uma oficina de reparações de automóveis, António José Correia, ter-se-á dedicado, entre 2001 e 2006, quase exclusivamente ao esquema.
jn