Cerca de 20 mil estudantes concentraram-se, hoje, junto do Parlamento inglês, durante a votação do projecto-lei que quadruplicou os custos das propinas. A Polícia diz que tentou evitar os confrontos, mas houve dezenas de feridos e sete detenções.
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Estudantes e polícia envolveram-se em confrontos violentos em Londres |
Ainda antes de se saber que as propinas atingiriam um valor máximo de 10,5 mil euros por ano, e numa tentativa de evitar as cenas de violência das últimas manifestações, centenas de polícias, equipados com capacetes e veículos estacionados nas ruas, montaram um enorme dispositivo de segurança em todo o quarteirão de Westminster logo ao início da tarde. Agentes montados a cavalo e polícia de intervenção montaram um cordão junto do Parlamento. Mas não foi suficiente.
Os manifestantes derrubaram a porta do Ministério das Finanças e entraram em confronto com a Polícia dentro do prédio, enquanto lutavam com os agentes e gritavam "queremos o nosso dinheiro de volta". Duas dezenas de estudantes ficaram feridos e seis tiveram mesmo de ser transportadas para o hospital. Outros sete foram detidos. Também houve três polícias feridos, um dos quais com gravidade.
Apesar da contestação - a quinta em 30 dias -, o Parlamento britânico aprovou, com uma maioria de 323 votos a favor e 302 contra, o polémico projecto-lei que prevê um aumento das propinas universitárias. Até agora, os estudantes pagavam 3840 euros de propinas anuais; com as alterações previstas, passarão a pagar um valor que oscila entre os seis mil euros e os 10,5 mil euros. O preço quadruplicou
O montante é pago através de um sistema de empréstimos, e só será restituído pelos estudantes quando estes tiverem empregados com um salário anual igual ou superior a 25 mil euros.
O ministro da Economia, Vince Cable, manifestou-se "orgulhoso" da ideia "progressiva".
jn