A Polícia Judiciária de Leiria está a investigar o incêndio que destruiu, quase por completo, o bar-residencial Grafonola, localizado em Alcaria, concelho de Porto de Mós. Há suspeitas de "fogo posto" e o homem que explora o espaço foi constituído arguido.
Segundo apurou o JN, o fogo terá sido ateado com recurso a gasolina e as explosões, que alguns populares dizem ter ouvido, foram motivadas pelo próprio combustível utilizado.
Ainda em fase inicial de investigação, fonte da Judiciária admitiu ao JN que o indivíduo que explorava o espaço foi constituído arguido. O homem, que terá ficado ferido e recusou assistência dos bombeiros, acabaria por se deslocar, durante a madrugada, ao Hospital Distrital de Santo André, em Leiria, para receber tratamento. Não foi revelado o tipo de ferimentos que sofreu, contudo, tudo indicia que apresentava queimaduras originadas pelas chamas.
No edifício, segundo fonte policial, foi encontrado sangue, que está agora a ser analisado, mas que poderá pertencer à vítima. Questões ligadas aos negócios da noite ou a obtenção indevida de seguros, são hipóteses que a PJ está a investigar para explicar o caso.
O alerta para o fogo foi dado por volta das 00.40 horas, através de um telefonema para o posto da GNR de Porto de Mós. Nessa ocasião o espaço estava encerrado. As suspeitas de que estariam perante "fogo posto" levou os militares a "preservarem o local" e a alertarem a Judiciária.
Durante todo o dia estiveram no local inspectores da Brigada de Incêndios e técnicos do Laboratório de Polícia Científica.
Segundo alguns populares, o Bar-Residencial Grafonola funciona diariamente, sendo que a maioria dos clientes são homens, que procuram ali a companhia de mulheres, em grande parte de nacionalidade estrangeira.
O espaço é composto por rés-do-chão e primeiro andar, onde existem, respectivamente, quartos com casas de banhos privativas e um bar. Tudo ficou destruído pelas chamas.
"jn"