Nova Iorque está confrontada com uma praga de percevejos, que já apareceram em atracções emblemáticas, como o Empire State Building, o centro comercial Bloomingdale ou o Lincoln Center. Há turistas a cancelar viagens


Responsáveis autárquicos da equipa do mayor Michael Bloomberg já se manifestaram preocupados com o efeito na imagem da cidade e na indústria do turismo, quantificada em 30 mil milhões de dólares por ano (21,5 mil milhões de euros).

As descobertas de percevejos em locais prestigiados ou muito procurados não correspondem frequentemente a infestações ou não ocorreram em zonas públicas.

A Bloomingdale informou a descoberta de um percevejo, o Empire State Building identificou-os na sua base e o Lincoln Center num vestiário.

Mas estes relatos, juntos a outros relativos a descobertas de percevejos em teatros, hotéis e lojas retalhistas de roupa, estão a fazer com que turistas mais assustadiços cancelem as suas viagens planeadas há meses.

Os profissionais da indústria do turismo estão nervosos quanto aos possíveis efeitos da praga na reputação de Nova Iorque e o próprio mayor Michael Bloomberg disse ontem, segunda-feira, que está preocupado. "Não queremos nada que possa dissuadir as pessoas de virem cá. Felizmente, estas coisas vão e vêm, e esta há de ir depressa", disse à imprensa.

Os percevejos são de difícil erradicação, uma vez que se escondem e vivem até um ano sem se alimentarem.

O site de viagens TripAdvisor, onde turistas colocam mensagens e pedem conselhos a outros, noticiou um aumento de 12% das referências aos percevejos de Nova Iorque nos primeiros oito meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, o departamento municipal de saúde incluiu, pela primeira vez, uma questão sobre os percevejos no seu inquérito anual - e apurou que em 2009 mais de 6% dos nova-iorquinos, 1 em cada 15 adultos, disseram que se tinham confrontado com o problema nesse ano.


"jn"