As buscas prosseguem para encontrar as cerca de 400 pessoas dadas como desaparecidas após o sismo, seguido de tsunami, que provocou 311 mortos num arquipélago isolado no oeste da Indonésia, anunciaram as autoridades.

A catástrofe fez "311 mortos enquanto 379 pessoas continuam a ser dadas como desaparecidas", segundo um balanço estabelecido hoje, indicou um responsável dos serviços de socorro, Agus Prayitno.

Mais de 48 horas após o drama, as esperanças de encontrar sobreviventes, que se refugiaram em zonas altas antes da chegada das vagas gigantes diminuem, assegurou a mesma fonte.

Continuam a ser descobertos corpos nas praias e nas costas das ilhas Mentawaï, ao largo de Sumatra, atingidas segunda-feira à noite por um sismo de magnitude 7,7 seguido de um forte tsunami.

As operações de socorro são dificultadas pelo isolamento destas ilhas, de difícil acesso e privadas de comunicações.

Várias aldeias, nomeadamente na ilha de Pagai do Sul, foram devastadas por vagas de mais de três metros de altura que entraram até 600 metros para o interior das terras.

Os sobreviventes indicaram não ter sido prevenidos do risco de tsunami, apesar da instalação de um sistema sofisticado e dispendioso de alerta na sequência da catástrofe que fez mais de 220 mil mortos na Ásia em Dezembro de 2004.

Um curto alerta de tsunami foi lançado segunda-feira à noite, exactamente após o sismo, mas parece não ter chegado às aldeias isoladas de Mentawaï, que as vagas gigantes alcançaram apenas um quarto de hora depois do abalo.

Um dia após este desastre, a Indonésia enfrentou a erupção do vulcão Merapi, o mais activo do país.

Trinta e duas pessoas morreram, segundo as equipas de socorro.

Além disso, cinco polícias morreram hoje, quinta-feira, quando o seu avião se despenhou na província da Papuásia, depois de terem feito chegar ajuda às vítimas de inundações e deslizamentos de lama que provocaram pelo menos 148 mortos em meados de Outubro.

"O avião chocou com uma árvore quando tentava aterrar de urgência após ter sido apanhado pelo mau no tempo", explicou um porta-voz da polícia, Wachyono


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