Um homem, de 28 anos, foi detido pela GNR, na sequência de uma queixa da ex-namorada por actos de perseguição, sequestro e violação. Por determinação do Tribunal da Maia, tomada ontem, ficou proibido de contactar e de aproximar-se da vítima.
Durante o namoro, de pouca duração, o indivíduo terá assumido comportamentos possessivos e controladores, que levaram a mulher a colocar um ponto final na relação. Aquela decisão foi apontada pela denunciante como a causa da violência.
A partir dali, ter-se-ão sucedido as ameaças, por mensagens de telemóvel, e as perseguições até à casa e ao emprego. Os maus tratos psicológicos terão passado para o plano físico, incluindo a alegada prática de relações sexuais contra a vontade dela.
Vendo a sua vida transformar-se num inferno, a mulher, de 31 anos, moradora na Maia, formalizou queixa no Comando do Porto da GNR, há menos de um mês. O caso foi encaminhado para o Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE), uma unidade daquela força de segurança especializada na investigação de situações de violência doméstica.
Segundo o JN apurou, o suspeito, morador noutro concelho do Grande Porto, foi indiciado por crimes de violência doméstica, sequestro, coacção e violação. Anteontem, a GNR deu cumprimento a um mandado de detenção emitido pelo Ministério Público. A intenção da força policial, tendo em conta o grave teor das denúncias, foi promover o mais rapidamente possível medidas para protecçâo da queixosa.
Ouvido, ontem, no Tribunal da Maia, o indivíduo ficou sujeito a várias medidas de coacção: proibição de qualquer tipo de contacto com a vítima, de se aproximar da residência ou do local de trabalho dela a uma distância inferior a um quilómetro e, até, de permanecer na área da Comarca da Maia.
jn