O ministro da Presidência afirmou ontem que o Governo cumprirá a meta de défice de 7,3 por cento no final de 2010 e adiantou que mais de 90 por cento do financiamento da economia portuguesa foi já assegurado. Pedro Silva Pereira falava no final do Conselho de Ministros, depois de ter sido confrontado com o ritmo de aumento do endividamento da economia portuguesa ao longo dos últimos meses.
"O Governo está em condições de garantir e de confirmar o seu compromisso em matéria dos objectivos orçamentais para este ano. Haverá uma redução do défice orçamental para 7,3 por cento", declarou o ministro da Presidência.
Já sobre a dívida pública emitida este ano, Pedro Silva Pereira defendeu que se está a conter "dentro dos limites orçamentados". "Mais do que isso, esses limites estão inteiramente compatíveis com as metas que estão definidas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC). O que aconteceu foi que o Estado Português emitiu dívida pública aproveitando as oportunidades de liquidez do mercado financeiro de dívida soberana e beneficiou das circunstâncias menos desfavoráveis para a obtenção dessa dívida pública", justificou o titular da pasta da Presidência.
De acordo com o ministro da Presidência, "mais de 90 por cento das necessidades de financiamento da economia portuguesa foram já asseguradas". "Portanto, até ao final do ano, as necessidades de recurso à dívida pública serão muito menores e em muito menor escala, sempre dentro dos limites orçamentais", acrescentou.
Sócrates diz que é "alarmismo"
O primeiro-ministro classificou ontem, em Bruxelas, de "alarmistas" as notícias que dão conta de um descontrolo da dívida pública tendo assegurado que o Governo irá atingir os objectivos orçamentais definidos.
"Este ano vamos atingir os objectivos orçamentais" e "trata-se de puro alarmismo pretender que os resultados e a realidade" são diferentes, declarou José Sócrates no final de uma reunião dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia.
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