Dois dos três indivíduos acusados de, em Janeiro do ano passado, roubarem e sequestrarem duas mulheres - uma das quais foi violada - em Aveiro e Mortágua, confessaram, ontem, em tribunal a generalidade os crimes e pediram desculpa às vitimas.
O Ministério Público pediu, ontem, a condenação, com "penas adequadas ao seu comportamento", dos três indivíduos, de 33, 38 e 22 anos, de Casaínho de Cima, Assequins e Barrô, localidades perto de Águeda, que em Janeiro do ano passado roubaram, sequestraram e abusaram sexualmente das duas mulheres.
"É preciso que eles percebam que foram extremamente humilhantes", afirmou o representante do Ministério Público, que defendeu a aplicação de uma "pena justa".
Os três indivíduos confessaram a generalidade dos crimes, com excepção do mais jovem que negou ter abusado sexualmente de uma das mulheres, uma funcionária do Hospital de Aveiro, atacada pouco depois de sair do trabalho. Em tribunal, a vítima contrariou a versão do arguido.
"Cheguei a temer pela vida", disse a enfermeira, quando recordou o que sentiu ao ter uma pistola encostada à cara. O arguido foi o único que não pediu desculpa à vitima.
A outra vítima, uma mulher sequestrada em Mortágua, testemunhou, em lágrimas, que chegou a estar manietada com fita adesiva, na boca, nas mãos e nas pernas, no interior de uma carrinha, pormenor que os arguidos não confessaram.
Os arguidos não souberam explicar os motivos que os levaram a cometer os crimes. Adiantaram que estavam um pouco alcoolizados e que o objectivo inicial era apenas furtar um carro. Roubaram cerca de 1500 euros às duas vítimas.
Foram detidos três dias depois do primeiro caso pela PJ de Aveiro. Estão presos
"jn"