Um homem, de 75 anos, morreu após ter sido atropelado, na noite de anteontem, em Lisboa. A Polícia Judiciária está a investigar as circunstâncias em que ocorreu a morte do idoso e coloca em cima da mesa a hipótese de o homicídio ter sido cometido pelo próprio filho.
Nesta linha de investigação da Polícia Judiciária (PJ), uma quezília familiar terá sido o móbil para o atropelamento mortal ocorrido nas imediações do Parque Eduardo VII, na cidade de Lisboa.
Segundo foi possível apurar junto de fontes policiais, o idoso terá saído da sua residência, nos prédios contíguos ao centro comercial El Corte Inglés, na Avenida António Augusto de Aguiar, pelas 21.30, após a referida discussão cujas razões não foram divulgadas.
A vítima terá caminhado pela Alameda Edgar Cardoso, situada perto da residência, e quando estava já nas imediações do Parque Eduardo VII foi atropelado por um automóvel que seguia a grande velocidade. Foi projectado com extrema violência e tombou gravemente ferido. O veículo em causa colocou-se rapidamente em fuga, sem sequer parar para prestar qualquer assistência ao ferido.
Deu pistas sobre o crime
O homem foi assistido pouco depois ainda no local pelos profissionais do INEM, após ter sido dado o alerta para o sucedido por transeuntes que estavam naquela artéria - habitualmente pouco movimentada naquela altura do dia e frequentada sobretudo por pessoas que se dedicam à prostituição.
O idoso ainda foi transportado ao Hospital de São José, onde acabou por morrer pouco depois de ali ter chegado, sucumbindo aos graves ferimentos.
No entanto, ainda no local, a vítima conseguiu falar com os médicos que o assistiram e terá mesmo dado algumas pistas sobre o sucedido. O homem apresentava escoriações em todo o corpo, mas, também, sinais visíveis de agressões físicas recentes.
Dessa forma, e embora se tratasse de um atropelamento, a Polícia Judiciária foi chamada ao local, uma vez os elementos da PSP entenderem que o atropelamento indiciava dolo, logo um crime.
Ontem, ao fecho desta edição, a PJ ainda não tinha realizado qualquer detenção, mas segundo fonte bem colocada o suspeito do atropelamento já estaria identificado, pelo que nas horas seguintes era possível que fosse concretizada a sua detenção